domingo, 2 de dezembro de 2018
Voltando às origens
quarta-feira, 22 de abril de 2015
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Nunca pare no meio
quinta-feira, 29 de março de 2012
As perdas
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Ah o tempo...
Cada tic e tac que passa
É como se fosse um martelo de ferro
Arremessado com força e que acerta minha face.
Cada segundo no mundo
Com esse sentimento profundo,
E sem você por perto, é como se,
Numa piscina, estivesse no fundo
Com olhos e boca abertos
Sem o ar para respirar.
A dor não é no coração,
é na alma que dói a emoção,
De saber que você existe, que não está triste,
Que não está perto nem longe.
Te vejo mas não te ouço
Meus olhos e boca estão abertos,
Não consigo falar nem respirar.
Temo que o tempo passe,
E que nossas construções desabem.
O tic e o tac são implacáveis
Nos derrota a cada instante
Me amordaçam, me ensurdecem e me emudecem.
Tempo, sei que nada resiste a ti,
Mas, gostaria de fazer um pedido:
Uma Mac Oferta número três
Com batata grande e um suco,
De uva, pequeno.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Acordar é preciso.
Vou deitar atrasado, pois, preciso acordar cedo, vou de trem no dia seguinte.
Noite tranquila, minha rua é sossegada, não chove, clima agradável.
As vezes, quando durmo, sonho com assuntos relacionados aos sons da TV, que esqueço de desligar, mas desta vez, estou tão cansado, que nem a TV quero deixar ligada, quero silêncio absoluto para meu sono.
Porque vou de trem?
Com exceção da semana passada que choveu de segunda a sexta-feira, separo um dia da semana para geração zero de CO2, ou seja, vou de trem da minha casa até o meu trampo.
No horário designado para dia de CO2 zero, meu despertador toca, na verdade o que chamo de despertador, é meu aparelho multifuncional telefone, rádio mp3 player e internet de bolso, (Não é TeckPix) apesar de ser um pouco grande para caber no bolso. Meu sono é tanto, que meio acordado meio dormindo, aciono o botão soneca, para curtir mais uns dez minutinhos de sono, como sou prevenido, aproveitei uns minutos de ontem para fazer a barba.
Logo depois, lembro-me que preciso levantar, pois quando vou de trem, tenho que sair mais cedo.
Levanto-me, cambaleante, como sempre, tomo banho, faço todas as rotinas matinais antes de sair de casa, me visto e saio.
Durante o percurso encontro com outras pessoas, que como eu, optam por utilizar o transporte público e de energia limpa, metrô, trem, bicicleta a pedal e bicicleta elétrica.
Cada um, durante a caminhada, com seus fones nos ouvidos trocam informações, uns com os outros, ou entre eles e seus familiares e amigos em outros pontos da cidade.
Ficamos sabendo como está o tráfego dos trens, se existe uma melhor rota a se tomar ou se existe algum evento que possa atrapalhar nosso deslocamento.
Entro no trem do metrô, sento-me confortavelmente enquanto revejo a agenda do dia, no meu mobile, que é o mesmo aparelho telefônico, agenda, microcomputador, GPS entre outras funções (Não é TeckPix) que posso acioná-las quando houver necessidade, até um supercomputador fica a minha disposição, quando preciso de cálculos de previsão de tempo ou coisas do gênero.
As operadoras de telefone possuem vários canais de redirecionamento de ações, que posso comandar a partir de meu aparelho.
A viagem é tranquila, no entanto, para chegar ao meu escritório, tenho que fazer algumas trocas de trem, sem problema, pois sempre que saio de um, atravesso uma passarela e já existe outro me aguardando na plataforma.
Chego sempre no horário, mas hoje foi um pouco diferente.
Após sair,na última estação, a alguns metros do meu escritório, pude observar alguns pais levando seus filhos à escola.
Lembrei-me que hoje era o primeiro dia letivo do ano e me emocionei ao ver vários pais levando seus filhos para o primeiro dia de aula de suas vidas.
Todas as crianças, devidamente uniformizadas, carregavam um pequeno celular, parecido com o meu, mas em maiores dimensões, o aparelho, dotado de comunicação móvel 6G já foi identificado pela escola no momento do cadastro do aluno, e já providenciou que todo o material necessário para esse aluno, ficasse disponível nas grandes nuvens educacionais disponíveis pelo governo em conformidade com todas as instituições de ensino cadastradas nesse convênio.
O aluno poderá acessar todos os materiais de leitura, áudio ou vídeo, disponíveis para a série que cursa, além de poder compartilhar seus trabalhos com todos os alunos do país inscritos no mesmo curso e que utilizam o sistema integrado governo escolas.
É emocionante ver essas crianças iniciando seus primeiros passos escolares com mais de cinco mil horas de informações captadas nas telas de TV, integradas com internet e compartilhando com seus novos amigos.
Continuo caminhando rumo ao prédio onde trabalho, contemplando mais um dia de sol na cidade.
Ouço uma ambulância bem longe, o som vai aumentando, aumentando, até que, quando está bem perto de mim, noto que o som dessa sirene é bastante familiar, lembra meu despertador, aliás, é meu despertador, preciso levantar, hoje vou de trem...
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
O Ganza narra, eu escrevo, ele tráz as imagens e completamos.
Seria o último trecho para atingirmos um objetivo sonhado, pensado, desenhado e seguido, passo a passo até aquele instante.
O frio era intenso, dificultava nossa caminhada, o ar rarefeito fazia com que nosso corpo ficasse mais pesado, nossos passos lentos, mas não desistiríamos agora.
Numa altitude acima de cinco mil metros , o silêncio só era quebrado pelo uivar dos ventos dos glaciares.
Faríamos, a partir daquela posição, o ataque ao cume.
Naquele instante, deixávamos para trás Chacaltaya, Condoriri e Pequeño Alpamayo.
Não posso citar aqui, Illimani, pois seria uma próxima aventura, que ainda não conseguimos concretizar, a cordilheira real andina, com seus picos nevados, terá que nos esperar.
Durante este último trajeto, ainda no escuro da noite, os pensamentos vêm e vão, me lembro a cada instante do som dos tambores tocados em Los Yungas, onde ficamos antes de enfrentar esta lendária e imponente montanha.
Eu a avistava e contemplava desde que passei por La Paz.
Durante a noite, a névoa que ronda a montanha baixou sobre seu vale, forrando, com um gigantesco tapete branco, toda a volta da montanha.
Senti-me egoísta ao não produzir qualquer tipo de som naquele momento, como se eu tentasse guardar para mim, até a vontade de gritar.
Meu diário de viagem estava comigo, e consegui registrar, com grande emoção, as palavras que hoje compartilho com o mundo.
Ass. Nelsinho, inspirado na narrativa de um amanhecer magico...